terça-feira, 16 de setembro de 2008

Fobias e manias

Rendi-me aos amores abstractos. Talvez porque magoam menos que os concretos.

Sempre tive a mania de amar, e fobia do amor.  Porque vi o amor obscurecendo a luz do luar e trazia a memória da mágoa que me afligia, quando deixavas de me amar.
Tenho medo do amor e a mania de amar...
O amor é cego, o amor transforma, o amor vicia, o amor muda, o amor é louco! Mas o amar é doce, é benevolência, é reciprocidade, verdade e confiança.
E entre o amor e o amar há o desejo. 
Criei-te de forma rápida, e meu pensamento jamais esqueceu.
E fazer amor contigo era amar-te, mas não tinha medo, pois apenas no meu pensamento vivias, e entre o concreto e o abstracto, ser desejo transformava.
Molhar-me em rios a espera do teu nado
Com furor, meu sono projectado.
 

À antiga R...H:.

Pensei nas noites quentes que passei acordada a falar contigo... Nas que pensei em ti, nas que respirava por querer sentir o teu respirar ...

Dói... que dor! Não poder dizer o que sinto quando quero, nem te tocar quando te desejo e submeter-me a uma série de palavras bem trabalhadas, de modo a codificar toda e qualquer mensagem.
Decidi procurar saber mais sobre ti... sobre  a tua relação. Da minha apenas sabes que tenho uma.
Dói... que dor!
Tempos e tempos a olhar para ti de esguelha, nunca poder olhar-te olho nos olhos, e deslumbar-me com a tua tez clara e o teu penteado...oh  o teu penteado!
E foste-te... Nem sequer disseste se ias ou não ao algarve, se voltavas para a tua terra, fiquei sem nada saber. Apenas que o toque da tua mão na minha levantou um turbilhão de desejos de te poder tocar.

A nota do monopoly que deixaste com o teu numero de telefone desapareceu. Pelo que infelizmente contactos será impossível.
Em algum momento, espero que vejas isto.