quarta-feira, 27 de maio de 2009

O livro


Olá bloguistas... vou começar a postar alguns capítulos de um livro inédito de alguém muito especial. 

O nome da autora não será revelado, mas poderão ter acesso a alguns capítulos aqui no desejos.
Agradecia que comentassem com críticas construtivas, e opiniões.
Digo-vos que cada capítulo para mim tornou-se um vício. E tentarei, não prometendo, que todos os dias terão aqui expostos um dos dezoito capítulos que o livro contém.
 

terça-feira, 19 de maio de 2009

Mexeu comigo

Saí à rua com vontade de fumar todos os espíritos dos transeuntes que por lá andavam...

Queria desesperadamente entrar por todos aqueles corpos. Sentir o sujo dos seus espíritos, afogar-me nas milhentas ideias maldosas, e olhar em frente.
Saí por aí. Em busca de um Bonsai que alegrasse a minha varanda... não encontrei nem o bonsai, bem nada que alegrasse a minha varanda senão a tristeza de lá estar sentada por vezes só.
Acendi o cigarro da minha alma, e penetrei no eu que desconhecia por completo, vagueei pelas entranhas dos labirintos das histórias da minha vida, e das estórias que contei para mim mesmo, querendo acreditar nas "mentiras sinceras".
Pensei para mim: não me vou entregar. Vou desfrutar da minha ausência comigo mesma, sem me entregar a mim própria e aos meus sentimentos tão confusos, mas tão decisivos, tão obscuros, mas que fazem todo o sentido para mim. Não me vou entregar a outra alma senão a minha mesma, vou sim engolir todos os espíritos que me rodeiam, que me afagam...
Saí a rua com vontade de gritar baixinho, de sussurrar bem alto, de pular bem baixo e rastejar bem alto. Com vontade de dizer mentiras sinceras, de esconder verdades mentirosas.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Ontem aprendi uma coisa: que eu não existo para os outros, senão aqueles que estão comigo. Complicado? então vou explicar.

Ele perguntou-me porquê que eu não vivo a minha vida sem me importar com o que os outros possam pensar de mim. Eu simplesmente respondi que não me importava com o que os outros pensam de mim. Não é bem assim, não é que não me importe com o que os outros pensem de mim, simplesmente porque habituamo-nos a não fazer certas coisas porque a sociedade não acha certo, mas ainda assim insisti que não me importo com o que os outros possam pensar de mim.
Ele fez-me crer que eu não existo para o resto do mundo senão para ele que estava a conversar comigo naquele preciso momento. Que existi para a pessoa que me vendeu o wrap por instantes, mas logo a seguir deixei de existir. Não deixa de ser verdade. Os outros, as pessoas não me conhecem, viram-me uma vez e simplesmente existi para elas naquele instante.
Pensei cá para mim... será que neste preciso momento em que me pus a escrever as teorias de uma pessoa demasiado complicada, existo para ela? Acho que as pessoas passam a existir uma para as outras quando se pensa nelas.
Ainda bem que nestes ultimos dias não tenho pensado em muita coisa, o que significa que as pessoas que outrora pensava começam a deixar de existir na minha vida. 
Mas ora, as coisas não são bem assim.
A teoria do existencialismo para mim tem muito que se diga, sem contar que muitas vezes prefiro não existir para mim, quanto mais para os outros?

terça-feira, 12 de maio de 2009

pensamento do dia

"Os bons pensamentos produzem bons frutos, os maus pensamentos produzem maus frutos. . . e o homem é seu próprio jardineiro."


james Allen

Twilight

-And so the lion fell in love with the lamb. 
- What a stupid lamb. 
- What a sick, masochistic lion.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Um dia como outro qualquer?

Ele pegou na mão de cat levemente. 

- posso? - perguntou ele. Cat sorriu gentilmente e acenou positivamente.
Ele levou a sua mão enorme para junto da mão de Cat e retirou-lhe o cigarro da mão. Sem esperar, Cat tenta dizer qualquer coisa, numa de refilar, na verdade, como é costume.
- shiiiiuuu... não te fica bem - disse ele.
Cat sorriu. A troca de olhares foi intensa. Um queria dizer algo ao outro, mas nestas horas o melhor é ficar calado, pois podes estragar tudo, pensou Cat. E lembrou-se da despedida de Natalie Portman e Jude Law no enigmático Closer.
Cat viu-o afastar-se lentamente, analisou tudo pormenorizadamente esboçando um sorriso nos lábios, e só virou as costas quando o perdeu de vista.

 

"Se as coisas são inatingíveis... ora! 
não é motivo para não querê-las. 
Que tristes os caminhos, se não fora 
a mágica presença das estrelas!"


               

                      Mário Quintana

domingo, 10 de maio de 2009

Apaixonar-se é uma treta... é a ironia de uma vida tão pouco amada.

Apaixonar-se é frustrante...é a invenção de um sentimento que afinal acaba.
Apaixonar-se é estar diferente... é encarar o mundo de pernas para o ar, e quando a paixão acaba, apercebemo-nos que de nada nos foi útil.
Apaixonar-se é bom, torna-nos jovens, mas é capaz de nos transformar em bebezinhos que precisam desesperadamente de colo. É ter-se medo de estar sozinho, é querer atenção a toda hora.
Por isso concluo que apaixonar-se é das piores coisas que existem. Tornamo-nos fracos, flexíveis demasiadamente, e acreditamos cegamente nas "coisas".
Cuidado, não se apaixonem.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

" diz que não queres, diz. Diz que não podes, diz!

mira o mar e o infinito... é lá onde quero chegar...o infinito desta paródia da vida.
Diz que te sentes, diz! E diz que consegues diz!
Estabelece um limite, um limite mesmo no limiar da realidade.
Mira agora o céu, e tenta contar quantas estrelas lá existem, pode ser que desta forma ocupes o vazio da paródia da  vida.
Diz que  muito para mim é tão pouco, diz que pouco é um pouco demais..."

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Como é habitual acendo velas em casa. Mas nessa noite preferi acender velas altas... várias velas rodeadas pela casa: chão da sala, varanda, cozinha, corredor e mesa do jantar.  Comprei umas margaridas lindíssimas que vi na florista hoje. Preparei um prato romântico... apenas comida indiana. Aquele leve ardor. Fui buscar panir para começar. Para o jantar seria Tarka Daal. Sobremesa? morangos com açucar, canela e Tcheorô. 

Os pratos estavam lindamente preparados. Eu? Vesti aquela camisola de noite vermelha que eu sei que adoras. Antes de dormir o que faríamos? Beber um chá marroquino ( sem açúcar ), e depois dormirmos abraçadinhos.
Será pedir muito?
Não apareceste, nem sequer disseste algo quando por ti procurei.
Tens razão, talvez seja tudo aquilo que dizes que sou. 
Aprendi que no entanto sou mais uma... a Cat.
Só peço ao ser superior, se realmente existir algum ser superior, para me livrar de tudo isso, desta paixão, deste amor.
Estou a pensar seriamente em ser ateu.
Deixei de me importar com algumas coisas... 
só tenho uma coisa para te dizer...tenho pena!

A noite vinha de forma lenta, como se estivesse a matar o dia suavemente.

Sentei-me na espreguiçadeira, e vi os pontos brancos cintilantes a aparecerem, e toda uma lua lá bem em cima... Afinal é dia mas é noite. Ah o doce verão que abriga as noites quentes, os odores, os sabores, as cores. E com ele vem a paixão.
A paixão vai e vem, os amores marcam, ficam... e quando acabam deixam mágoas no coração.
Estou apaixonada. Estou perdidamente apaixonada. Os dias quentes, as noites de fogo possuíram a minha pele. O meu sangue ferve quando o vejo. O meu coração palpita mil à hora quando me tocas.
Todo um toque, toda uma troca de salivas que preenche a minha boca, e mata a sede de mil dias no deserto sem água. 
Sou egoísta? querer-te só para mim? serei eu uma louca desvairada com os meus pensamentos?

"Será que me conheces tão bem quanto julgas que me conheces? ou serei eu tão perigosa a ponto de não me queres por perto sempre!
Não sei de nenhuma destas respostas vindas lá no fundo. No fundo nem eu sei o que sentes por mim. Vivemos nessa de deixar acontecer... mas eu morro de ciúmes quando sinto algum perigo.
Não há jeito de mudar essa paixão, mas para ti parece que o amor do momento e a tesão fazem algum sentido. E que tal o companheirismo? Se quero compromisso? Não sei. A única coisa certa nesse momento é que te quero, assim, inteirinho."

Passei a noite quase em claro a ver as horas a passarem por mim... deixei que o tempo passasse por mim, não passei pelo tempo. No fundo, eu sinto que estou a perder um pouco de tempo. Mas nada melhor que o tempo para ajudar as nossas decisões,não é?
Tempo, tempo, tempo. E a pensar que os coelhinhos da páscoa andam por aí a distribuir amor, ao invés de chocolates? Ele bem disse. Os coelhinhos da páscoa são tão doces, tão doces que depois de passarem por muitos caminhos tornam-se amargos. Serão eles efémeros ou etéreos?



terça-feira, 5 de maio de 2009

O negativo calou os nossos horrores!