quinta-feira, 15 de maio de 2008

amor em strip

- cat, vamos a um bar striper. Preciso de espairecer.
- penso que não. Tenho andado desmotivada.
Entramos para o bar. As garçonettes andavam de um lado para o outro nuas. Ao som da música de the cramberries , uma qualquer cujo titulo é-me completamente desconhecido, fazia harmonia com os meus batimentos cardíacos e os meus ouvidos. Não havia razões para estar naquele bar striper, uma vez que estava no meio de homens a apreciarem mulheres cirúrgicamente perfeitas.
- vá lá Cat, anima-te. Vou pedir que façam uma lap dance privada. vais gostar!
- não me parece.
Olhei para ela com uma lingerie com cores metalizadas. Fazia lembrar uma flor-de-lótus sobre a região pélvica dela. Pus-me a olhar estupefacta. Ela baixou-se com uma facilidade, e dançou suavemente. Mexeu o par de 'maçãs' perfeitamente redondas, a sua boca entre-aberta com os lábios pintados de cor chocolatte, cabelos incrívelmente negros, e olhos extremamente expressivos,vivos e claros. Pensei para dentro de mim ''ela é linda''. Estava a ficar perturbada com aquilo que sentira ao vê-la dançar para mim,afinal uma lap dance sempre seria uma lap dance!
- Estás perturbada? és Bi??
- er...não...sim...não! Respondi com a boca meio ensalivada. Calor... Estava muito calor.
« and i miss you, like a desert miss the rain... step off the train, walkin' down your street again» Era essa música que tocava, mas adaptada a um som bem striper.
Fui para o WC, ela veio comigo, e disse-me que era gerente de uma empresa, e que trabalhando como striper era muito,mas muito bem paga.
Olhei para ela,e regressei para a sala principal...
- então Cat?? Gostaste?
- vamos sair daqui senão dou em doida...
- mas porquê?
- ja fui a muitas festas chippandales, ver homens musculosos e enchê-los de euros pelas cuecas não tem tanta piada quando ver um lap dance.
- ah,então regressamos brevente?
- penso que não...
Olhei ao meu redor, ela apareceu, empurrou-me contra a parede e olhou-me com uma profundidade com aqueles olhos claros e expressivos.
- não posso. tenho que ir...
- porquê que não te deixas levar por aquilo que realmente sentes? porquê esconderes-te de algo que sentes?
- porque os amores que nascem num bar striper morrem sempre num bar striper.
Olhei para ela a afastar-se paulatinamente. Era a visão mais deslumbrante que vira por aquelas ruas estreitas e antigas, e os seus saltos quase infinitos a percorrerem aquela calçada. Ela, sem dúvida era linda.

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