segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Parte II

Elaborei um pequeno diáro.
Escrevi sobre ti. Sobre como era bom estar contigo e todos os momentos infindáveis que tivemos embora em horas reduzidas.
Escrevi sobre o teu corpo, sobre o teu corpo sobre o meu, e sobre a paixão que o meu corpo exalava de ti. Compreendi que cada página que passava uma lágrima em mim escorria... de tristeza ou de alegria não sei, só sei que residia saudade nas minhas palavras.
Saudade... não sabia ao certo o significado desta palavra quando o proferia para ti. Então soube que a saudade era algo mais do que sentir a tua falta... mas querer a tua presença constante... e apercebi-me que o meu sentimento acabara por tomar conta de mim.

(..) elaborei um diário. um diário à minha maneira. Folhas brancas mas a capa com as folhas sagradas. Nunca acreditei em Ewe orô, quando fui a Salvador decidi levar um pouco das folhas sagradas para Lisboa, e sempre que para elas olhava, lembrava-me de jogoya. E então elaborei o diário com 17 folhas brancas e a saudade que contrastava com o negro da caneta, e o borrão da lágrima que deixei escorrer. (...)

Decidi não entregar-te, não pelo local em que estava, mas pela minha consciencia que já me pesava como chumbo. Ter que aceitar certas coisas que são como são, e afastar-me ao máximo possível do meu lado que te tenta...
Esta seria a parte II do presente... não tão detalhada pois tenho a esperança de que um dia terás o Ewe Orô nas mãos.

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