terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Desabafos

Eu queria ao menos que ele soubesse o que estava dentro daquele diário. Queria, embora pense k me conhecesse tão bem,que soubesse a verdade sobre mim... A verdade sobre o que aconteceu.

Já ouvi dizer que um sexo mau, afastaria pessoas, e que uma boa noite de sexo aproxima as pessoas, e foi isso que aconteceu, eu aproximei-me dele. 
Ele não se aproximou de mim. O sexo foi bom para mim e mau para ele? ou simplesmente as circunstâncias levaram-no a afastar-se de mim.
Por momentos não sabia quem eu era... Sou a cat, pensei... mas a cat nasceu dele, como sem ele poderia sobreviver?
Sentei-me levemente na poltrona, a espera que algo miraculoso acontecesse, mas nada... o milagre foi ter agarrado no telefone e ligar para ele, na esperança de falar horas a fio sobre aquilo que se passava comigo. Mas ele simplesmente disse-me em que grau se encontrava.
Já nem me lembrava que isso existia.
Depois de dois meses da última noite ( ou tarde) ainda o meu corpo sentia o dele, apesar de distantes. Pedia porque estava apaixonada por aquele homem. " não pode ser". Tudo o que mais temia aconteceu. Mas não foi o sexo que me deixou apaixonada, mas a tudo aquilo que faziamos, os jogos das sombras, as fotografias na cama, a dedicação dele para tirar uma boa fotografia (achava-me uma fotógrafa por excelência) e mostrar-me, os sítios que visitava, as histórias que contava das milhentas pessoas  que conhecia ( as mais estranhas possíveis ) as nossas escritas, mais a dele, tudo isso fazia o conjunto ELE.
Quatro meses depois do sexo, ainda eu pedia mais, mais e mais, e talvez tenha sido isso que o afastou... talvez por nunca ter limites, talvez por medo, talvez por falta de desinteresse, e ele parou de escrever. Consequentemente eu também.
Hoje pede-me que escreva, quase um ano depois da última noite, uns meses após o último beijo gélido que trocamos, como que despedida. 
Por que raios eu não sei. Mas ainda assim o meu corpo pede mais. 
Voltei a escrever, a pintar, a tirar fotografias, a ver tudo dele nas coisas, lembrar-me de coisas que pela mente dele jamais passa... as fotos do sexo dele, tudo. Ainda o tenho guardado na memória, no corpo, no tacto na pele... Seria um desperdício dizer que depois dele, apenas mais 6 vezes fui tocada. Talvez porque o meu Mr. Big sinta no meu corpo algo que não é do meu corpo.
E o meu corpo pede mais. 
Vou me desculpar, não por ser insaciável, mas por não ter limites. E eu sei que isto tem de parar agora. Já me magoei, se pessoas que amo soubessem desse deslize, magoaria-as também, e não quero levar "avante" esta paixão de fogo que queima, nem que as labaredas se levantem e alguém descubra.
Sim, basicamente é isto que tinha escrito no ewe orô, e cada página era cada dia de como me sentia longe de ti, detalhadamente.

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