domingo, 31 de agosto de 2008

Virgem

Pensei que a poesia recitada pelos teus lábios fossem mais puras...
E que o teu toque me tornasse a pior das ímpias!
Então decidi escrever claramente os meus pensamentos numa folha, e enviar-tos.
Inútil. Pois nem com tamanha sinceridade, as minhas palavras transmitissem veracidade.
Amo-te!
Então, pensei que os poemas dos livrinhos em gifts talvez fossem os mais indicados...
E que no teu entoar encontrasses a verdade dos sentimentos nulos!
Não! Pois os poemas abstractos tanto dizem como desdizem.
Seria a maior crueldade escreve-los para ti dizendo que amo-te, e que não te amo.
Amo-te!
E tal como as estrelas indicam o brilho dos meus olhos quando te vejo, a escuridão da noite indicará que existe escuridão na vida.
Será assim tão escuro veres que te amo, e que é difícil esquecer-te em tempos árduos como este?
Será assim tão escura a tua vida que não consegues enxergar o amor que se põe a tua frente?
Ou clara demais que te cega de uma vez, para que nunca mais vejas o meu corpo, apenas sintas o perfume de Cleópatra em mim?
Poligamia? Não!
Hoje só me entrego a um amor. E pela maior das crueldades, se não possuíres meu corpo agora, tornar-me-hei virgem para todo o sempre!

1 comentários:

Shelyak disse...

Muito sentido e muito forte! Mesmo!
Gostei.
Beijinho
:)